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domingo, 15 de dezembro de 2013

Crítica do Filme O Hobbit – A Desolação de Smaug





O Hobbit – A Desolação de Smaug está sendo muito mais bem aceito pela crítica do que Uma Jornada Inesperada, o primeiro filme da trilogia, as razões para tal eu ainda desconheço, pois o filme tem os mesmos problemas que o anterior…

O maior problema do primeiro O Hobbit, disseram aqueles que não gostaram, foi a total e completa falta de ritmo que o filme tinha, coisa que não foi tão melhorada assim nesse segundo, embora o problema esteja mais disfarçado e diluído, pois a jornada já está iniciada e tudo já está acontecendo, não há a necessidade de 43 minutos de introdução para Bilbofinalmente gritar que está indo para uma aventura, mas há por outro lado a casa de Beorn, onde nada acontece e eu prevejo a fúria dos Tolkinianos, mas o personagem nada mais é do que uma vírgula e uma nota de rodapé no filme, sua participação é a única cena em todo o longa que poderia ter sido completamente excluída e nada no tom da história mudaria, já que ele mal movimenta a trama e não faz parte dela.


Na minha opinião eu gostei mais do primeiro filme, porque eu gosto tanto de fantasia e todo o universo de Tolkien, e gosto bastante do Senhor dos Anéis e não me importo em ver 40 minutos de conversas sobre a Terra Média e cantoria, pelo contrario, para mim poderiam ser mais minutos assim. Nesse filme a sensação é a mesma, se você não gostou de Uma Jornada Inesperada, talvez você ainda não goste de A Desolação de Smaug, mas acho que você deveria dar uma nova chance, é bem possível que a reação ao longa seja a mesma… mas se você gostou do primeiro, corra para os cinemas agora.


Uma das coisas que deixam esse A Desolação de Smaug um pouco melhor do que o primeiro é a adição de novos personagens, em especial Thranduil, Legolas (que não é novo, mas serve) e Tauriel. Há outros bons personagens pipocando na tela o tempo todo, Bard é um deles, alias, os filhos de Bard são simpáticos e potenciais ligações emocional com o público que já sabe quem vai ou não morrer por ler os livros, os filhos de Bard ainda são um mistério nesse quesito, mas ainda assim, os elfos são extraordinários, em especialThranduil.


A encarnação de Lee Pace como o rei elfo de Mirkwood é uma das melhores encarnações de todos os filmes de Jackson sobre a Terra Média, ele é realmente um grande personagem e quando ele mostra um certo detalhe sobre seu passado e sua luta contra dragões meu sentimento era de: “Por favor, pare a história mais uma vez porque eu quero saber tudo sobre isso”. Agora eu entendo o porque Tolkien sentia essa necessidade de parar em cada paragrafo para contar um pouquinho mais sobre tudo o que estava acontecendo, sobre uma estrada que Frodo cruzou, sobre uma árvore em que Gimli descansou, sobre uma arma que Aragorn tocou, algumas pausas são deliciosas de fazer, especialmente para alguém que como eu, é fã de história, fã de fantasia e fã do universo criado por Tolkien.


Vale constar que Lee Pace será o vilão Ronan, o Acusador de Os Guardiões da Galáxia, e depois de ver ele como Thranduil, essa é mais uma das coisas que me faz ficar ansioso para o filme espacial da Marvel.


A trama da saga O Hobbit, especialmente nesse filme e especialmente porque ele é um pouco mais acelerado, é muito fragmentada. Por exemplo, Beorn é um pequeno capitulo da história, depois o caminho pela Floresta das Trevas, onde Gandalf se separa dos anões é um novo capítulo, depois a prisão dos Anões no reino de Thranduil e por aí vai, mas um problema disso é que gera arcos muito óbvios e em certos arcos, talvez por eu já ter lido os livros, ou mesmo por já ter visto O Senhor dos Anéis, tudo soe previsível e onde deveria haver uma sensação de perigo só gera a sensação de “ok, em qual momento eles vão se livrar dessa”?


Essa sensação, porém não acontece no arco de Gandalf, a visita do Mago Cinzento em Dol Guldur é sensacional, apesar de curta, provavelmente se resumem a três cenas, mas a última delas faz tudo valer. O Encontro de Gandalf com o Necromante mostra como o mago é poderoso e como talvez isso não seja o suficiente para enfrentar Sauron, a forma como o embate foi traduzido em imagens é interessantíssimo, um escudo de luz bloqueando as sombras. Se eu não tivesse assistido O Senhor dos Anéis e não soubesse nada sobre Tolkien, eu realmente estaria preocupado com a saúde e bem estar do Gandalf nessa cena.


Ainda na mesma cena com Gandalf, Peter Jackson mostra também que ainda continua cafona em momentos decisivos, assim no primeiro O Senhor dos Anéis é um efeito feio em um contexto lindo, a cena do Olho Repetido é de extremo mal gosto, e está dentro de uma cena sensacional.


Mas se Jackson erra uma vez ou outra a mão no visual, em todo o restante do filme ele acerta em cheio, mas é redundante elogiar aqui a produção do filme, obviamente não há nenhum filme no ano com uma direção de arte e maquiagem melhor que O Hobbit – A Desolação de Smaug, a fotografia dessa vez é um pouco questionável, talvez por ter ouvido muitas críticas de sua tentativa de fazer o primeiro filme mais épico do que devia (não sou eu quem está dizendo isso), usando ângulos mais abertos, nesse segundo ele evita isso usando closes em excesso, isso fica perceptível e irritante especialmente em momentos que um ângulo aberto faria bem as cenas, que são naturalmente mais escuras que as do primeiro filme.


Por falar em cenas escuras, o 3D piora um pouco essa escuridão, mas não dá para dizer que é completamente inútil, assim como o primeiro filme teve algumas cenas lindas potencializadas com a tecnologia, esse segundo também possui as suas, como por exemplo, as cenas entre Gandalf e o Necromante, que ficam maravilhosas em 3D, fazendo você perceber que dentro do escuto de Gandalf há espaço a ser preenchido.


Antes de falar do que todos querem saber, vale dizer que a trilha sonora, assim como todos os outros valores de produção, está impecável, um sério material para o Oscar considerar em 2014.

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